sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ouvindo aquilo qu...


"Uma das maiores obras do governo Lula foi a invenção da palavra não. O senhor sabia? Não. O senhor levou propina? Não. Mas a grana esta na sua mão. Não. O dinheiro está passando pela minha mão, mas vai continuar a viagem.

Ou num nível mais prosaico. O sujeito sai correndo do galinheiro com uma galinha. O senhor roubou a galinha? Não. Como? Está com ela ai debaixo do braço. Estou levando ela para passear.

O não tem um poder de convencimento profundo. Ajudado pelo seu companheiro o tempo e ajudado por seu camarada a falta de memória da gente. O não vai impondo a nós, espectadores, a progressiva sensação de irrealidade. Aos poucos, nada aconteceu. Estávamos todos loucos e somos uns maldosos.

E o não de um esquerdista de carteirinha, de um bolchevista como o Zé Dirceu, tem um peso maior porque eles sabem dizer não sem um tremor. Pois acham que lutam por uma causa nobre.

Se acham melhores que a justiça, melhores que nós e estão acima de roubos e delitos da burguesia. O não foi quem construiu a grandeza de um Stálin e de um Mao Tse Tung. Tudo pode ser negado. O sim é coisa de fracos. Celso Daniel morreu? Não."


Meio indulgente e um tanto prosaico como é o escritor... mas eu gostei, tira-se boas refelexões..

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