sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Dizendo o qu...


A mídia hodiernamente expõe toda sua face cruel, empurrando as pessoas e principalmente nossos jovens para a tentativa desenfreada de manter-se em seus moldes de gloria e sucesso.
As formações da personalidade infanto-juvenil, apresentados pela mídia, têm como característica a beleza física, que vem sendo utilizada como recurso de crescimento sócio-econômico e profissional, quase sempre sem ética, moral ou dignidade pessoal. O pódio da fama é normalmente por eles logrado a expensas da corrupção moral que viceja nos veículos da comunicação de massa. É inevitável que o conceito de dignidade humana e pessoal, de harmonia íntima e de consciência seja totalmente desfigurado, empurrando o jovem para o campeonato da sensualidade e da sexualidade, e o maior triunfo é o da aparência, e desde pequenos aprendemos isso. Quando se chega à idade de trabalhar as impressões de outrora se evidenciam e se confirmam, os selecionados no geral estão dentro do biótipo adotado pela mídia e pelas pessoas que vivem a mídia! Com o culto à celebridade, já disseminado o que se tem é a busca pelo padrão, para que assim o segundo objetivo seja alcançado: os holofotes claro! Daí tem o surgimento de uma espécie de casta na sociedade, a dos “famosos”. E, para ser famoso, não é preciso necessariamente fazer algo de relevante, tem mesmo é que aparecer.
As relações de convívio também não conseguem escapar a regra também, a mensagem predominante é a do consumismo, do ter, e do poder assim expostas como fonte de prazer e de realização. Os mais belos se encarregaram de ditar as regras do jogo cabendo aos que não se encaixam neste padrão a frustração e a busca por tal, por mais sacrifícios que se possa ter, todavia outro alento para os despadronizados é que nossa cultura deseja a beleza, mas a desdenha; tratamos as mulheres e os homens bonitos como seres superficiais e idiotas. A sociedade quer a beleza para mostrar, exibir e ter em festas comerciais de TV ou em capas de revistas.
O lado perverso disso agora esta sendo mostrado pela própria mídia, que talvez esteja se sentindo culpada pela supervalorização da aparência, que ela mesma evidenciou.
Os seres quase anoréxicos, quase inumanos, quase perfeitos (para alguns) apresentados como padrão de beleza e de sucesso de outrora estão dando lugar a pessoas doentes, na maioria crianças.
Anorexia e a bulimia doenças muito comuns na atualidade, ocasionadas principalmente pela valorização excessiva da beleza como prerrogativa para o namoro, trabalho ou crescimento social. A maior parte das pessoas anoréxicas ou bulímicas é de adolescentes entre 13 e 17 anos.
A anorexia é causada pela diminuição ou até a interrupção da alimentação, levando a perda de peso exagerada. Já a bulimia, leva a pessoa a ingerir inúmeras calorias em minutos e a provocar a expulsão do alimento, seja por vômito ou por meio de remédios. O quadro de anoréxicos e bulímicos resulta em sintomas como queda de cabelos, atraso menstrual, aparência cadavérica contínua, baixa auto-estima e insatisfação com a forma corporal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ouvindo o que NÂO conv...


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira o colega venezuelano, Hugo Chávez, ao afirmar que no país vizinho há democracia. Ele reiterou ainda que é favorável ao ingresso da Venezuela no Mercosul.
"Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar o Chávez. Agora por falta de democracia na Venezuela não é. O que eu sei é que a Venezuela já teve três referendos, já teve três eleições não sei para onde, já teve quatro plebiscitos", afirmou o presidente depois de almoçar com o colega de Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, no Itamaraty.
Lula, entretanto, evitou tomar partido no bate-boca entre Chávez e o rei da Espanha Juan Carlos 1º no Chile. "Não há divergência apenas entre o rei Juan Carlos e o Chávez. Há muitas divergências entre outros chefes de Estados. E a divergência faz parte de um encontro democrático", disse.
Sem mencionar o nome de Chávez nem do rei, Lula afirmou que não houve exagero na discussão entre os dois. "Não acho que houve exagero. Houve uma fala do Chávez que o rei achou que era demais, que era uma crítica ao ex-primeiro ministro da Espanha [José María Aznar] afirmando que tinha apoiado o golpe venezuelano no primeiro momento. Essas coisas acontecem. A diferença é que o rei estava na reunião."
Em seguida, o presidente contou como foi o comentário de Juan Carlos, na reunião da Cúpula Ibero-Americana no último sábado (9), quando o monarca mandou Chávez ficar calado.
"Quem falou 'cala-te' foi o rei, não foi um de nós. Entre nós, nós divergimos muito. Fazemos uma reunião como em qualquer país civilizado. Como é que você pensa que são as reuniões do G-8? Você acha que todo mundo chega lá, tem um protocolo, tem que rir na hora certa? Não."
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília.


É incrível a capacidade do que o nosso presidente tem de se posicionar sempre do lado errado ou mais controverso das coisas, dizer que há democracia na Venezuela ou que o presidente Chávez respeita os princípios basilares deste é de fazer rir. Eu não sei onde anda a cabeça do nosso Chefe-mor mais uma coisa é certa na terra é que não esta.
Ter cara de bobo é uma coisa, ser bobo é outra bem piore finjir que todos são...

:/

sábado, 10 de novembro de 2007

Sentindo o ...


Tem uns dias que acordei me sentindo assim, mas hoje esta tão assim, quanto nunca...

"Hoje a estranheza me abala
não sinto o meu corpo meu.
Não vejo no meu olhar a mesma que fui
que sou, que tenho certeza que vivo.
Hoje a estranheza faz a música ser diferente
a segunda-feira pacata,
as dores - até as dores - são inexistentes.
Hoje a estranheza
me faz pensar que nada sei
e que não existo de verdade.
Que coisa estranha.
Tudo o que via até hoje,
hoje é totalmente diferente."



[texto retirado de claudinhanet.com ( escrevendo quase sempre) e originalmente publicado em P.O.A.-Pacífico Oceano Atlântico]

sábado, 3 de novembro de 2007

Ouvindo o ...


O disco não é um lançamento, é do ano passado, todavia sinto-me na necessidade de abraçá-lo e de dizer tudo o que sinto quando ouço um disco tão bom e amadurecido (teve de ser o clichê, não achei nada melhor) como este quarto lançamento do Cascadura. Não sei se foram os anos ou se foi a pegada dos novos membros da banda, sei de uma coisa, Bogary! O nome deste que é o melhor álbum do Cascadura (até o momento), banda baiana como mais de 15 anos na estrada e labuta do rock. Antiga Dr. Cascadura, que tinha uma levada bem setentista, mudou a formação por varias vezes e nunca deixou de acreditar no som que faziam, porém eles sabiam que paradigmas tinham que ser quebrados, e foi o que foi feito. Talvez essa mudança, que já poderia ser sentida no álbum anterior (que por sinal ouvi pouco e estou voltando a ele agora) tenha sido o diferencial nesta que é a melhor faze da banda, onde a primazia nas letras salta os olhos ('Senhor das Moscas' é um bom exemplo), e os arranjos com certeza o ponto alto do disco.
Hoje o rock Cascadura é bem mais rico com espaço para várias cepas diferentes, das inspirações primórdica até o barulho venenoso dos dias atuais. È de longe perceptível o gosto pelos Stones de Mick Jagger, ou os assobios e ecos do Big Star e ainda a levada do Black Crows; como também, vê-se agora muito mais o push nas guitarras onde nos remete aos melhores tempos do Soundgarden e Foo Fighters ou o atual Wolfmothr e os gaúchos do Cachorro Grande como melhor exemplo é a peso de primeira faixa do disco Se Alguém O Ver Parado e a já citada e de ótima pegada Senhor das Moscas que lembra as melhores coisas feitas pelo Foo Fighters ou a extinta banda de Chris Cornell.
12 de Outubro, talvez sejam a mais rica e melódios faixa do disco com coro vocal e assobios de teclados ala Weezer, um frescor pop de fazer chorar, O Centro do Universo, Mesmo Eu Estando do Outro Lado e Juntos Somos Nós, são canções belíssimas onde a primeira tem um ótimo jogo entre as guitarras pesadas e melodiosas e a batida forte mais contida da bateria, já a segunda conta com é uma balada poderosa, que conta com um steel guitar, (e um vocal que em dado momento lembra o Cachorro Grande) que certamente reforça e potencializa a idéia, contando ainda com uma bela letra. E a terceira, tem seu ponto alto também no apelo pop com palminhas e tudo.
Onde Aprendeu a Andar os levou aos melhores tempos de outrora, bem ao melhor estilo Beach Boys, a sucessora Contra-Luz, é o melhor exemplo de da junção peso e melodia (juntamente com ‘Caim’ canção do meio do disco que também conta com a melhor letra do disco). E o clima intenso e de peso volta à tona em Descontrolado, que prepara o fechamento do álbum com pompa em Adeus, Solidão.
“Tento fazer o meu melhor, talvez não o faça tão bem
Quanto mais velho, pior...”essa maxima cantanda por Fábio Cascadura em Caim com certeza no tocante a este disco não faz a verdade.
Vida longa Cascadura!