sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Vendo o qu...


E após 25 anos o grupo de rock britânico The Police volta ao Brasil, para uma única apresentação que muito provavelmente superara o publico estimado em 80 mil pessoas; os britânicos do Police chegaram ao fim da tarde de ontém e foram como se espera simpaticíssimos com os repórteres e o publico. A abertura do show fica por conta dos também fan’s da Paralamas do Sucesso, e os bilhetes custarão de R$ 160 a R$ 500, com meia-entrada para estudantes.
Bom, como é no dia do niver dele o caro colega Rodolfo ira e virá com todas para contar.

rs!!!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Dizendo o qu...


E o mundo noticia e comemora ‘la derrota de Hugo Chávez en el referéndum constitucional de Venezuela’, o “perfeito idiota latino-americano” que pretendia‘?’ Ser o mais novo dono, déspota, ditador na região, respondeu de forma típica, a derrota que sofreu, em sua tentativa de se perpetuar no cargo ininterruptamente; usou um palavrão! “...una vitória de mierda!”

Viva a democracia! (sem manipulação!)

E que venha Morales...

Ouvindo o...


Falar do Radiohead é algo bom e ruim ao mesmo tempo, bom porque é uma banda sempre em mutação sonora e assim abrem-se espaços para, falar, falar, e fa... Não habitando assim aquele clima modorrento que algumas bandas acabam impondo as pessoas que falam sobre ela, já o lado ruim fica por conta dos padrões quebrados por ela e para dadas pessoas que se amarram ainda em definir o que se ouve e o que se faz; como também por conta das inovações e polemicas causada pelo grupo a cada lançamento. Dessa vez eles inovaram mais uma vez, talvez venha a revolucionar o mundo da musica e o mercado dando-lhes uma nova roupagem e formas de sobreviver.
‘In Rainbows’ é um ótimo disco e que esta sendo bem vendido e vendido como a gente quer, pagando o quanto achamos o que ele vale, é isso mesmo, nos decidimos o preço do álbum que esta sendo somente comercializado no site www.inrainbows.com.
Este álbum sucede o politizado ‘Hail to the Thrif’ de 2003 e é o sétimo álbum de estúdio da banda, que conta com duas obras primas incontestáveis do rock, ou melhor, da musica.
O CD começa com ‘15 Step’ uma canção empolgante de guitarras distorcidas e batidas eletrônicas. Na seqüência vem ‘Bodysnatchers’ é a musica que do fôlego necessário para as outras oito canções e mostra a que veio o novo disco dos caras, composta de várias camadas de guitarras bem distribuídas no todo da canção, que contando também com uma bela linha de baixo que combinada com os tons de teclados e
elementos eletrônicos dão o viés promissor a musica.
‘Nude’ e ‘Weird Fishes/Arpeggi’ é onde o disco atinge seu ápice a primeira com uma suave batida nas baquetas e ecos que lembram o melhor do ‘Ok Computer’ a segunda tem um belíssimo dedilhado nas guitarras de Ed. O’Brien e Jonny Greenwood que parecem duelar com a voz de Thom, e assim ela vai ganhando forma, e crescendo, crescendo... sendo permeiada por ecos ao fundo onde a sensação é que algo vai explodir.
Um clima que só o Radiohead sabe imprimir aparece em ‘All Need’ uma mistura boa de pop melódico com um certo descompasso presente; marca a muito impressa por eles. Este clima esta também na canção que sucede a mencionada, todavia percebe-se uma presença bucólica nela (não que isso seja ruim), ela parece até completar a anterior.
No fim do disco a porta é fechada com chave de ouro por ‘vídeotape’ que conta com um piano acompanhado em principio só pela voz de Thom, e depois os recursos “eletron’s” juntam se e forma o todo de uma belíssima canção feita como e por quem sabe, de um jeito que só eles sabem.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ouvindo ainda o...


Esta música ai em baixo na integra é do CD homônimo de 2003 da cantora Katia B. uma artista que aprendi a admirar e respeitar, ela não faz nada de novo nem revolucionário, mas mantém a ordem e temperança do que se propõe, na medida. Existem outras artistas do gênero e similares que até se destacam, mas que ela, todavia como disse Adriana Calcanhotto “ela é permeável e transparente. Com isso quero dizer que Katia B, ao contrário de muita gente, não disfarça as influências que sofre, muito pelo contrário, deixa-as à mostra, sem véus”. E assim vem ganhando seu espaço no roll das divas da music brazuca, como tantas outras que inovaram no Samba e na Bossa, soltando os elementos eletrônicos que outrora atormentaram os conservadores.
Seu ultimo álbum é “Especial” do corrente ano que tem uma áurea diferente dos dois anteriores (não entender isso como ruim, apenas diferente), onde este ouvi um pouco mais para entender.
No mais essa bela mulher, de bela voz, tem tudo para traçar uma bela carreira, arriscando o internacional como suas contemporâneas Bebel Gilberto e Cibelle

O que convém para os outros...

Só Deixo Meu Coração na Mão de Quem Pode!

Só deixo meu coração
Na mão de quem pode
Fazer da minha alma
Suporte
Pr’uma vida
Insinuante Insinuante
Anti-tudo que não
Possa ser
Bossa-nova hardcore Bossa-nova nota dez
Quero dizer
Eu tô pra tudo nesse mundo
Então só vou
Deixar meu coração
A alma do meu corpo
Na mão de quem Pode
Na mão de quem Pode
E absorve Todo céu
Qualquer inferno
Inspiração
De mutação
Da vagabunda intenção
De se jogar
Na dança absoluta
Da matança
Do que é tédio
Conformismo Aceitação
Do fico aqui
Vou te levando
Nessa dança
Submundo pode tudo
Do amor
Porque não quero teu ciúme que é o cúmulo
Ciúme é acúmulo de dúvida, incerteza
De si mesmo
Projetado
Assim jogado
Como lama anti-erótica
Na cara do desejo mais
Intenso de ficar com a pessoa
E eu não tô à toa
Eu sou muito boa
Eu sou muito boa pra vida
Eu sou a vida
Oferecida
Como dança e não
Quero te dar gelo
Jealous guy
Vê se aprende Se desprende
Vem pra mim
Que sou esfinge do amor
Te sussurrando
Decifra-me

Só deixo minha alma
Só deixo o coração
Só deixo minha alma
Na mão de quem pode

Só deixo minha alma
Só deixo meu coração
Na mão de quem ama solto

Eu vou dizendo
Que só deixo minha alma
Só deixo meu coracão
Na mão de quem pode
Fazer dele erótico suporte
Pra tudo que é ótimo fator vital.

Katia B / Marcos Cunha / Plínio Profeta / Fausto Fawcett

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Dizendo o qu...


A mídia hodiernamente expõe toda sua face cruel, empurrando as pessoas e principalmente nossos jovens para a tentativa desenfreada de manter-se em seus moldes de gloria e sucesso.
As formações da personalidade infanto-juvenil, apresentados pela mídia, têm como característica a beleza física, que vem sendo utilizada como recurso de crescimento sócio-econômico e profissional, quase sempre sem ética, moral ou dignidade pessoal. O pódio da fama é normalmente por eles logrado a expensas da corrupção moral que viceja nos veículos da comunicação de massa. É inevitável que o conceito de dignidade humana e pessoal, de harmonia íntima e de consciência seja totalmente desfigurado, empurrando o jovem para o campeonato da sensualidade e da sexualidade, e o maior triunfo é o da aparência, e desde pequenos aprendemos isso. Quando se chega à idade de trabalhar as impressões de outrora se evidenciam e se confirmam, os selecionados no geral estão dentro do biótipo adotado pela mídia e pelas pessoas que vivem a mídia! Com o culto à celebridade, já disseminado o que se tem é a busca pelo padrão, para que assim o segundo objetivo seja alcançado: os holofotes claro! Daí tem o surgimento de uma espécie de casta na sociedade, a dos “famosos”. E, para ser famoso, não é preciso necessariamente fazer algo de relevante, tem mesmo é que aparecer.
As relações de convívio também não conseguem escapar a regra também, a mensagem predominante é a do consumismo, do ter, e do poder assim expostas como fonte de prazer e de realização. Os mais belos se encarregaram de ditar as regras do jogo cabendo aos que não se encaixam neste padrão a frustração e a busca por tal, por mais sacrifícios que se possa ter, todavia outro alento para os despadronizados é que nossa cultura deseja a beleza, mas a desdenha; tratamos as mulheres e os homens bonitos como seres superficiais e idiotas. A sociedade quer a beleza para mostrar, exibir e ter em festas comerciais de TV ou em capas de revistas.
O lado perverso disso agora esta sendo mostrado pela própria mídia, que talvez esteja se sentindo culpada pela supervalorização da aparência, que ela mesma evidenciou.
Os seres quase anoréxicos, quase inumanos, quase perfeitos (para alguns) apresentados como padrão de beleza e de sucesso de outrora estão dando lugar a pessoas doentes, na maioria crianças.
Anorexia e a bulimia doenças muito comuns na atualidade, ocasionadas principalmente pela valorização excessiva da beleza como prerrogativa para o namoro, trabalho ou crescimento social. A maior parte das pessoas anoréxicas ou bulímicas é de adolescentes entre 13 e 17 anos.
A anorexia é causada pela diminuição ou até a interrupção da alimentação, levando a perda de peso exagerada. Já a bulimia, leva a pessoa a ingerir inúmeras calorias em minutos e a provocar a expulsão do alimento, seja por vômito ou por meio de remédios. O quadro de anoréxicos e bulímicos resulta em sintomas como queda de cabelos, atraso menstrual, aparência cadavérica contínua, baixa auto-estima e insatisfação com a forma corporal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ouvindo o que NÂO conv...


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira o colega venezuelano, Hugo Chávez, ao afirmar que no país vizinho há democracia. Ele reiterou ainda que é favorável ao ingresso da Venezuela no Mercosul.
"Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar o Chávez. Agora por falta de democracia na Venezuela não é. O que eu sei é que a Venezuela já teve três referendos, já teve três eleições não sei para onde, já teve quatro plebiscitos", afirmou o presidente depois de almoçar com o colega de Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, no Itamaraty.
Lula, entretanto, evitou tomar partido no bate-boca entre Chávez e o rei da Espanha Juan Carlos 1º no Chile. "Não há divergência apenas entre o rei Juan Carlos e o Chávez. Há muitas divergências entre outros chefes de Estados. E a divergência faz parte de um encontro democrático", disse.
Sem mencionar o nome de Chávez nem do rei, Lula afirmou que não houve exagero na discussão entre os dois. "Não acho que houve exagero. Houve uma fala do Chávez que o rei achou que era demais, que era uma crítica ao ex-primeiro ministro da Espanha [José María Aznar] afirmando que tinha apoiado o golpe venezuelano no primeiro momento. Essas coisas acontecem. A diferença é que o rei estava na reunião."
Em seguida, o presidente contou como foi o comentário de Juan Carlos, na reunião da Cúpula Ibero-Americana no último sábado (9), quando o monarca mandou Chávez ficar calado.
"Quem falou 'cala-te' foi o rei, não foi um de nós. Entre nós, nós divergimos muito. Fazemos uma reunião como em qualquer país civilizado. Como é que você pensa que são as reuniões do G-8? Você acha que todo mundo chega lá, tem um protocolo, tem que rir na hora certa? Não."
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília.


É incrível a capacidade do que o nosso presidente tem de se posicionar sempre do lado errado ou mais controverso das coisas, dizer que há democracia na Venezuela ou que o presidente Chávez respeita os princípios basilares deste é de fazer rir. Eu não sei onde anda a cabeça do nosso Chefe-mor mais uma coisa é certa na terra é que não esta.
Ter cara de bobo é uma coisa, ser bobo é outra bem piore finjir que todos são...

:/

sábado, 10 de novembro de 2007

Sentindo o ...


Tem uns dias que acordei me sentindo assim, mas hoje esta tão assim, quanto nunca...

"Hoje a estranheza me abala
não sinto o meu corpo meu.
Não vejo no meu olhar a mesma que fui
que sou, que tenho certeza que vivo.
Hoje a estranheza faz a música ser diferente
a segunda-feira pacata,
as dores - até as dores - são inexistentes.
Hoje a estranheza
me faz pensar que nada sei
e que não existo de verdade.
Que coisa estranha.
Tudo o que via até hoje,
hoje é totalmente diferente."



[texto retirado de claudinhanet.com ( escrevendo quase sempre) e originalmente publicado em P.O.A.-Pacífico Oceano Atlântico]

sábado, 3 de novembro de 2007

Ouvindo o ...


O disco não é um lançamento, é do ano passado, todavia sinto-me na necessidade de abraçá-lo e de dizer tudo o que sinto quando ouço um disco tão bom e amadurecido (teve de ser o clichê, não achei nada melhor) como este quarto lançamento do Cascadura. Não sei se foram os anos ou se foi a pegada dos novos membros da banda, sei de uma coisa, Bogary! O nome deste que é o melhor álbum do Cascadura (até o momento), banda baiana como mais de 15 anos na estrada e labuta do rock. Antiga Dr. Cascadura, que tinha uma levada bem setentista, mudou a formação por varias vezes e nunca deixou de acreditar no som que faziam, porém eles sabiam que paradigmas tinham que ser quebrados, e foi o que foi feito. Talvez essa mudança, que já poderia ser sentida no álbum anterior (que por sinal ouvi pouco e estou voltando a ele agora) tenha sido o diferencial nesta que é a melhor faze da banda, onde a primazia nas letras salta os olhos ('Senhor das Moscas' é um bom exemplo), e os arranjos com certeza o ponto alto do disco.
Hoje o rock Cascadura é bem mais rico com espaço para várias cepas diferentes, das inspirações primórdica até o barulho venenoso dos dias atuais. È de longe perceptível o gosto pelos Stones de Mick Jagger, ou os assobios e ecos do Big Star e ainda a levada do Black Crows; como também, vê-se agora muito mais o push nas guitarras onde nos remete aos melhores tempos do Soundgarden e Foo Fighters ou o atual Wolfmothr e os gaúchos do Cachorro Grande como melhor exemplo é a peso de primeira faixa do disco Se Alguém O Ver Parado e a já citada e de ótima pegada Senhor das Moscas que lembra as melhores coisas feitas pelo Foo Fighters ou a extinta banda de Chris Cornell.
12 de Outubro, talvez sejam a mais rica e melódios faixa do disco com coro vocal e assobios de teclados ala Weezer, um frescor pop de fazer chorar, O Centro do Universo, Mesmo Eu Estando do Outro Lado e Juntos Somos Nós, são canções belíssimas onde a primeira tem um ótimo jogo entre as guitarras pesadas e melodiosas e a batida forte mais contida da bateria, já a segunda conta com é uma balada poderosa, que conta com um steel guitar, (e um vocal que em dado momento lembra o Cachorro Grande) que certamente reforça e potencializa a idéia, contando ainda com uma bela letra. E a terceira, tem seu ponto alto também no apelo pop com palminhas e tudo.
Onde Aprendeu a Andar os levou aos melhores tempos de outrora, bem ao melhor estilo Beach Boys, a sucessora Contra-Luz, é o melhor exemplo de da junção peso e melodia (juntamente com ‘Caim’ canção do meio do disco que também conta com a melhor letra do disco). E o clima intenso e de peso volta à tona em Descontrolado, que prepara o fechamento do álbum com pompa em Adeus, Solidão.
“Tento fazer o meu melhor, talvez não o faça tão bem
Quanto mais velho, pior...”essa maxima cantanda por Fábio Cascadura em Caim com certeza no tocante a este disco não faz a verdade.
Vida longa Cascadura!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dizendo o que convém...


...Panis et circenses!

Bom, foi ontem a escolha do Brasil como sede da copa do mundo de futebol de 2014, e aqui começarmos nossa ácida e mordaz resenha, lembrando a frase do ilustre Presidente Lula, onde ele disse que “faremos uma copa para nenhum argentino botar defeito”. Uma tirada muito bem-humorada, mas que tem de ser vista com ressalvas já que foi proferida por quem costuma mudar de opinião de acordo com as conveniências.
Para talvez 98,9% da população esta será uma data histórica, onde a espera se processará nos dedos, tomara que para os mandatários as problemáticas que assolam o país também o sejam.
É claro que o Brasil poderia organizar e sediar um evento deste porte. Poderia, mas não deveria; o que se seguira agora esta longe de ser uma incógnita, será a farra da corrupção, como se viu no tão propalado Pan-americano 2007 (dos 500 milhões iniciais para 3,9 bi em gastos ainda não muito bem explicados), claro que foi bom ver nossos atletas ganharem medalhas, porém mais importante que medalhas são investimento em educação, em segurança, no sistema de saúde, no combate a corrupção em todos os seus níveis. Estes são problemas urgentes que tem de ser debelados, mas sempre que a coisa aperta o “brasileiro” (ainda, mas agora onde o plano de perpetuação no poder esta cada vez mais em voga) encontra uma saída, e a bola da vez 'é' uma copa. E porque não? Os olhares dos brasileiros desviam-se por qualquer coisa, carnaval, ‘Pan’, copa do mundo de futebol; e copa do mundo de futebol no Brasil então... Estou sendo repetitivo e ranzinza, todavia é inevitável, alguém tem que ser. O Brasil com certeza é o país que mais contribuiu com o futebol, sem sombras de duvida, mas o que é inadmissível é ver as condições de despreparo, desordem, descalabro e miséria que se encontram mais da metade da população; onde os eleitos para tentar diminuir todas essas mazelas pouco se lixam e visam apenas seus projetos pessoais.
O espetáculo de ‘gastança’, superfaturamento, obras faraônicas (e até fantasmas) e ufanismo alentador já tomam conta da imprensa, que alardeou aos quatro cantos, usurpando a consciente dos espectadores.
O caderno de encargos do Brasil não deu uma única constatação se quer, pauto-se apenas em propostas (por isso a imprensa Britânica criticou a escolha, e não por inveja como foi divulgado por aqui). E a delegação? era realmente necessário Paulo Coelho? Com aquelas comparações estapafúrdias de que o prazer de vencer no futebol é igual ao prazer erótico.
Não consigo ver todas essas benesses que virão como a imprensa propagandeia ai a fora, também com a total certeza é esse o seguimento que mais irá lucrar com este evento, emissoras de TV e os seguimentos do turismo e quem prestar serviço ao governo, lecupletando-se à custa do dinheiro público. Com todo o aparato de segurança que ficará após o evento é pouco, é mínimo para a população que continuará a habitar o mesmo país, os mesmos estados e cidades após o evento; não acredito que porque pessoas de outros países virão jogar futebol por aqui e assistir as partidas, pessoas ficarão mais inteligentes e os pobres ficarão na escola e aprenderão mais no ensino público que na rede privada.
Nosso esporte (primazia eterna do futebol) preencher o vácuo de nacionalismo que já não existe mais na sociedade. Patriotismo hoje é cantar o hino nacional quando a seleção entra em campo e torcer pelo bem da seleção. Quanto ao verdadeiro patriotismo, bem, esse já não existe mais há muito tempo, temos uma sangria ufanista que torce, exacerba, esbraveja, em dados momentos (vide copa, Pan,e quando a mídia conclama, ao seu bel prazer, claro!).
Malgrado tudo isso e muito embora meu total descrédito com as benesses acerca do assunto, mesmo com todo o investimento em infra-estrutura, a complexa operação de logística que o aporte demanda, mesmo com os empregos que o efeito cascata criara, e o show que se seguira nos jogos(e os gastos assustadores, e os desvios advindo de tal) acho que o país pagara um preço muito caro em lugar de fazer o verdadeiro dever de casa. Vejo ainda, com essa habitual arrogância de se achar certo e a chatice encrostada no encéfalo uma certeza; a de que continuaremos a sofrer antes, durante e depois do espetáculo, de tudo isso e muito mais (toda via um pouco mais roubados, não obstante mais alegres a depender dos resultados no campo), em todas as áreas, inclusive moral. Contudo não esqueçamos que o povo "não quer só comida..." e o povo não é besta e nem se engana mais (quem disse que não?) e com isso e toda essa sanha acerca do assunto, que chega a ser pedante; vamos à copa! Com toda festa e a alegria habitual do brasileiro (grhhhh!!!). Vejamos quem sairá ganhando como tudo isso.
Quem adivinha?

domingo, 28 de outubro de 2007

Vejo o que atrai...


Mais um final de semana nesta modorrenta cidade, onde todas as diferenças são iguais, e toda diversão tem um clima bucólico (o que é até um elogio para certos padrões de diversão aos quais me tenho submetido). Em um encontro inesperado com um colega onde em um bate-babo entrecortado pela curiosidade costumas desta persona que escreve, foi percebido assim que o moço carregava um pilha de CD’s e DVD’s (na sua maioria piratas diga-se de passagem, e esqueçamos o politicamente correto um pouco) começou assim uma sangria bisbilhoteira e foi assim que notei que no meio de tanta coisa havia um filme que neste mesmo dia pela manhã o jornal tinha feito uma resenha, e o articulista traçado um perfil bibliográfico do diretor/produtor do filme. Trata-se de O Passado (Brasil/Argentina - 2007) o mais novo filme de Hector Babenco. Um diretor que com certeza já têm seu nome grafado como um ímpar da sétima arte; por tudo que fez (Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia uma das maiores bilheterias do cinema bazuca; Pixote, A Lei do Mais Fraco que foi considerado pela revista norte-americana América Film, como um dos maiores filmes da década, atrás apenas de “Ran” e “Fanny e Alexander” respectivamente de Akira Kurosawa e do saudoso Ingmar Bergman; além de o Beijo da Mulher Aranha e Ironweed) tem feito (Coração Iluminado e O Passado que é um bom filme).
O Passado é sobre o fim de um casamento de doze anos, onde o ex-marido Rimini (Gael García Bernal) que é tradutor, mantém civilizadamente um relacionamento amigável com sua ex-mulher Sofia (Anália Couceyro). Contudo, essa civilidade toda acaba quando ele começa um relacionamento com a modelo Vera (Moro Anghileri). A partir daí a história ganha outro rumo. Sua ex-mulher o atropela com seu poder obstinado, que em dado momento vem a contribuir com a morte de Vera, traumatizando-o e fazendo com que ele esqueça os idiomas que traduzia. A coisa desanda mais ainda quando ele se casa com Carmem; (Ana Celentano) e com o nascimento do filho dos dois o inferno chega as suas costas (Sofia chega a seqüestra o bebê). Longe da atual mulher do filho e viciado em cocaína, Rimini mergulha no obscurantismo existencial.
Babenco declarou que muito do filme deve-se a Bernal, um ator da nova safra acima da média. Disse ainda que o “Brasil não tem nenhum ator a altura dele." Eu diria que Babenco está um tanto quanto equivocado. O Brasil pode não ser a maior indústria de cinema, mas conta com uma nova safra de cineastas e atores brilhantes. É só dar uma olhada nos filmes protagonizados por Lázaro Ramos, Wagner Moura, o magistral Selton Melo como bem lembrou Isabela Boscov de Veja, e tantos outros novos atores que a cada dia o cinema nos apresenta.

Digo o que condiz...


Cartão identidade.
os muros crescem, os prédios exaltam-se
na razão direta (e indireta) do absurdo,
contrapondo-se aos sonhos.
as razões multiplicam-se sem razão!
confundindo todo o iter racional.
e as pessoas
‘não mais se cumprimentam’ não se olham mais;
como produtos nas prateleiras dos supermercados,
adquirem (e tornam-se apenas)
um código de barras!

ewerton M.

sábado, 27 de outubro de 2007

Ouço o que convém...


Para inaugurar vai uma surpresa grata que encontrei escarafunchando nas ‘coisitas’ da minha irmã: Fino Coletivo, banda que resulta da junção de Alagoas e Rio de Janeiro. Trata-se do encontro de integrantes das bandas “Wado e o Realismo Fantástico” alagoanos e “Momo” cariocas, eles já começaram como um quinteto (depois adicionaram mais três ao cardápio), onde quatro cantores se revezam nos vocais das músicas que têm no samba o ponto inicial (e alto), abrindo espaço também para um pop bem tocado com o funk vibrante que teima sempre a dar às caras, e elementos da música eletrônica. O resultado é um som bem dançante e com um groovie vicejante que com certeza nas pistas é um convite a farra e ao remelexo (no bom sentido).
O CD contém doze músicas inéditas, onde todas as composições são próprias e parcerias com Ivor Lancellotti e Totonho dos Cabra. Os caras contam também com a participação de Domenico Lancellotti, do projeto “+2” na faixa de abretura‘Boa Hora” (uma das melhores).
Então, está aí uma nova banda com um som meio que novo, numa nova cena musical. O primeiro petisco aperitivo é bem aprazível. Com certeza quem experimentar vai lamber os dedos e querer mais. Bom apetite!